Senado da Austrália rejeita plano de corte de emissões
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O Senado australiano rejeitou, nesta quinta-feira, o projeto de lei para o comércio de emissões apresentado pelo governo para combater o aquecimento global.
Os senadores temem que o plano, apresentado pelo primeiro-ministro, Kevin Rudd, pudesse prejudicar a indústria de mineração do país.
Os senadores temem que o plano, apresentado pelo primeiro-ministro, Kevin Rudd, pudesse prejudicar a indústria de mineração do país.
A proposta previa a redução de 5% nas emissões de gases poluentes que provocam o efeito estufa nos próximos dez anos --uma meta modesta se considerados os padrões europeus.
A Austrália é um dos países mais secos do mundo e as taxas de emissões per capita estão entre as maiores do planeta.
O governo de Rudd não tem a maioria no Senado e a derrota da proposta já era esperada por analistas.
O projeto de lei pode ser apresentado novamente ao Senado após três meses. Caso seja novamente rejeitado, uma eleição geral pode ser convocada.
Segundo o correspondente da BBC em Sydney Nick Bryant, o setor de recursos da Austrália fez bastante lobby antes da votação, argumentando que o esquema poderia aumentar custos e como consequência, causar mais desemprego.
Além disso, os lobistas ainda alegaram que se a Austrália cortasse a produção de minerais, outros países começariam a produzir para cumprir a demanda global e isso também não seria benéfico ao meio ambiente global.
De acordo com Bryant, o argumento tem bastante ressonância na Austrália, especialmente porque o setor de mineração, assim como a agricultura, serviram de base para a prosperidade pós-guerra.