quarta-feira, 15 de julho de 2009

Reflexão: O homem e o bosque



O homem e o bosque

Um lenhador, tendo perdido o cabo de seu machado, entrou certo dia na floresta e em tom de humildade, pediu-lhe que deixasse cortar um galho de árvore a fim de confeccionar outro para a sua ferramenta, prometendo em troca só devastar outras florestas.
Respeitaria ali, assim se obrigava, os antigos robles cuja vetuzes era tão respeitada pelo povo, não tocaria no pinho esguio e resinoso que fazia o encanto dos olhos, assim como respeitaria todas as demais plantas.


Deu-lhe a floresta o galho pedido; o lenhador no mesmo instante despojou-o da casca, rapidamente preparou o novo cabo e ajeitou-lhe na ponta o machado.
A seguir, o miserável, vibrando a arma renovada, pôs-se a cortar impiedosamente ciprestes, robles, louros e teixos, sem nada respeitar. E cada tronco que se abatia ao solo, doridamente gemia:


- Ah, fomos nós, desditosos, que lhe fornecemos os meios para nos abater!


A fábula explica a moral que no mundo, geralmente, paga-se o benefício recebido com fria ingratidão.


PENSAMENTOS:


A ingratidão é um direito do qual não se deve fazer uso. ( Machado de Assis)


A ingratidão não passa de uma prova para seu aperfeiçoamento. ( Mônica Bonfiglio )


A ingratidão é sempre uma forma de fraqueza. Nunca vi homens hábeis serem ingratos. ( johann Goethe )


Não dês a ninguém aquilo que te peça, mas aquilo que achas que necessita; e suporta logo a ingratidão.

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