“Não atire no mensageiro”
Julian Paul Assange, nasceu em Townsville na Austrália em 1971. É um dos nove membros do conselho consultivo do WikiLeaks, um site de denúncias e vazamento de informações sigilosas. Assenge estudou física, matemática, programação e se tornou hacker, antes de se tornar porta-voz e editor-chefe do WikiLeaks.
Em 1987, aos 16 anos, Assange começou sua vida como hacker. Junto com mais dois hackers, ele formou um grupo chamado Internacional Subversives que continha regras como não danificar computadores, não alterar informações e compartilhar informações. Já em 1991, a Polícia Federal Australiana invadiu sua casa em Melbourne, e ele foi acusado de ter acessado os computadores de uma universidade australiana, da Nortel canadense e de outras organizações, via modem. No ano seguinte foi declarado culpado e preso sob 24 acusações de hacking. Depois de pagar fiança e de bom comportamento, Julian Assenge foi liberto.
Neste ano, após o vazamento de inúmeros documentos sobre possíveis crimes de guerra cometidos na Guerra do Afeganistão e na Guerra do Iraque pelo Exército dos Estados Unidos, sua fama cresceu. Recentemente Assange perdeu a cidadania sueca e está à procura de um país que o receba. Em 30 de novembro, foi acusado de estupro e abuso sexual na Suécia e a Interpol o colocou em sua lista de procurados. No dia 7 de dezembro, em Londres, Assange apresentou-se à Polícia Metropolitana e negou a veracidade das acusações contra ele, sendo liberado nove dias depois.
Em 1º de dezembro, o governo americano decretou que a Amazon removesse dos seus servidores o site WikiLeaks. No dia 10, houve uma manifestação em frente ao Sydney Town Hall, em apoio a Julian: “Não atire no mensageiro”. O cineasta inglês Ken Loach, a milionária Jemima Khan e o jornalista investigativo australiano John Pilger tinham se oferecido para pagar a fiança de Assange e também compareceram à corte de Westminster no dia do julgamento. Michael Moore e Bianca Jagger também contribuíram para o pagamento. Além de dezenas de jornalistas, uma multidão de simpatizantes do ativista australiano se concentrou em frente ao tribunal londrino, recebendo com alegria a notícia de que ele seria posto em liberdade.