Williams tentará dar a volta por cima com novos motores Cosworth
Rubens Barrichello será confirmado como piloto da Williams nas próximas semanas e o torcedor se pergunta: o que projetar para a temporada do brasileiro em uma equipe outrora poderosíssima mas que não ganha uma prova desde 2004 e um título desde 1997? Ao longo de sua História, a Williams teve muitos períodos vitoriosos, mas também viveu diversas entressafras, como a que vem acontecendo desde que acabou a parceria com a BMW, no fim de 2005.
No ano que vem, o tradicional time de Grove (ING) usará motores da Cosworth, que voltará à Fórmula 1 após três temporadas de ausência e com um aspecto interessante: poderá fazer seu motor do zero, enquanto os demais propulsores estão com o desenvolvimento congelado por regulamento.
A troca de motores parece mesmo o que a Williams precisa para voltar aos seus melhores dias. Para este ano, a equipe contou com um dos orçamentos mais baixos da categoria e, mesmo assim, fez um dos melhores carros do grid, que possibilitou a Nico Rosberg pontuar em 11 das 16 corridas disputadas até o momento apesar do motor Toyota, considerado o pior da atualidade.
Com um motor mais forte e a experiência de Barrichello, a escuderia espera darumsalto de qualidade definitivo para voltar a ser a grande Williams de outrora, até porque terá ainda o campeão da GP2 deste ano, Nico Hulkenberg. O alemão estreará na categoria, mas ao longo da carreira sempre teve aprendizado rápido e tende a oferecer bem mais do que Kazuki Nakajima, que, com a saída da Toyota, não será mais uma dor de cabeça para Frank Williams e Patrick Head – este ano, o japonês não somou um ponto sequer e abandonou três vezes por acidente.
Resta saber se o novo modelo terá eficiência semelhante ao do carro deste ano e se a escuderia terá meios para desenvolvê-lo ao longo da temporada, sempre um drama para escuderias sem orçamentos mastodônticos, vide a Brawn, que massacrou no início do ano e teve o título sob risco após estagnar.