Compartilhar imagens de perto
Lançado na semana passada, o aplicativo Color (color.com) é um dos principais assuntos no mundo da tecnologia por três motivos: porque foi criado pelo fundador de uma empresa adquirida pela Apple, porque recebeu um investimento de 41 milhões de dólares e… porque pouca gente entendeu para que ele serve e como ele funciona.
Sua premissa parece ser simples: é uma rede social que não exige cadastro e permite registrar fotos e vídeos no Android e no iPhone e compartilhá-los automaticamente com pessoas que estejam usando o aplicativo em um raio de 45 metros. Na prática, porém, usuários reclamam da interface confusa, com botões sem legenda de texto, e da aparente inutilidade do serviço.
Apesar de estar entre os aplicativos mais baixados na App Store e no Android Market, o Color está sendo mal avaliado em ambas as lojas virtuais: tem média de duas estrelas, de cinco possíveis.
Fundador do serviço on-line de música Lala, adquirido pela Apple, Bill Nguyen é o criador do Color. Em entrevista ao site Business Insider, ele admitiu ter falhado em comunicar o potencial revolucionário do serviço e enumerou ocasiões em que ele pode ser útil. “Se você baixar o aplicativo com alguém e ele estiver por perto, você terá uma experiência sensacional porque literalmente tudo que você o vê capturando na câmera dele aparecerá no seu celular”, afirmou Nguyen. “É uma experiência completamente surreal”, em claro exagero ao falar de sua própria criação.
Em um jogo de basquete, por exemplo, o Color seria capaz de descobrir o que a maioria dos usuários está registrando e colocar em destaque, automaticamente, as melhores imagens. Ainda segundo Nguyen, pessoas no Japão estão usando o serviço para enviar imagens de áreas devastadas para equipes de resgate.