Em seu adeus, Tcheco define Grêmio: 'Imortal Tricolor'
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Tcheco suou a camisa do Grêmio durante quase quatro anos. Nesta quinta-feira, ao anunciar que deixa o clube em 6 de dezembro, o esforço do jogador foi outro. Ele batalhou contra as lágrimas que pareciam querer saltar de olhos marejados. Visivelmente emocionado, o jogador, símbolo do clube desde 2006, confirmou o fim de uma era. Ele não acertou renovação contratual com a diretoria tricolor e busca novo lar para 2010. É provável que vá para o Corinthians. Foi uma história construída em 182 jogos e 43 gols. Tcheco, quase sempre capitão do time, tinha o carinho da maioria absoluta da torcida gremista, um reconhecimento que superou a ausência de títulos expressivos. Foram só dois Gauchões pelo Grêmio, em 2006 e 2007.
Ao anunciar a saída do clube, o camisa 10 deixou claro que dói nele não ter sido campeão brasileiro ou da Libertadores. Tcheco sai frustrado. - Cumpri minhas obrigações, meus deveres. Faltaram os títulos em que chegamos tão perto, as duas Libertadores e o Brasileiro do ano passado. O jogador é marcado por títulos. Ficou essa frustração para mim. Passei perto. Vai ficar essa marca. (...) Devido ao alto nível de competitividade do futebol brasileiro, pelo menos consegui levar à briga pelo título. Foi uma carreira de três anos e meio bem bonita, bem harmoniosa com o torcedor, bem traçada. Agradeço a Deus por participar de um clube como esse. Saio de coração partido. Não era o que eu queria, mas chega uma hora em que temos que agir com a razão. O momento de sair é oportuno nesse ano – afirmou Tcheco.
O camisa 10 fez uma declaração de amor à torcida do Grêmio. A força dos torcedores é o que ele afirma que vai guardar na memória com maior carinho. - Nunca vi uma equipe ser vice-campeã e o estádio inteiro aplaudir de pé, como foi no ano passado. É um exemplo que posso citar. Foram jogos marcantes, como os da Libertadores de 2007. O Grêmio, disputando vaga na Libertadores, colocava 40, 50 mil pessoas no estádio. Nosso co-irmão (Inter) disputa título e colocou 15 mil contra Botafogo e Santos. É a essência de nossa torcida, de sempre apoiar, seja a equipe boa ou fraca, que eu não vou esquecer. Tcheco fica até o dia 6 de dezembro no Grêmio. Se vai jogar ou não, caberá ao técnico Marcelo Rospide decidir. Até lá, o jogador desenhará os últimos capítulos da história com um clube que ele define em duas palavras: - Imortal Tricolor...